quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Bunho (Schoenoplectus lacustris)




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Usando uma linguagem simplificada poderei dizer que o bunho é uma espécie de junco gigante. Esse gigantismo permitia que outrora na região da Beira Litoral, de onde sou natural, fosse usado na construção de
esteiras. Na casa dos meus avós, os colchões de palha eram dispostos sobre esteiras pelo que desde cedo contactei com esta planta. Em várias regiões do país é usado para empalhar mesas e cadeiras.
As imagens que apresento foram capturadas na Lagoa da Vela, concelho da Figueira da Foz.
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Nome vulgar: bunho ou bonho
Família botânica: Cyperaceae Nome científico: Schoenoplectus lacustris Distribuição Geral:
Distribuição em Portugal: em todo o território mas sobretudo no Centro e Sul do país.
Habitat: é comum em áreas húmidas e alagadiças, como riachos de baixa energia, lagoas, pântanos e pauis.
Floração: junho - setembro
Características:
O bunho é uma espécie de junco. Erva vivaz, tem caules redondos, verdes, lisos e sem folhas. As folhas, em forma de tira, são todas submersas. As flores apresentam-se em conjuntos pouco densos de espiguilhas ovais vermelhas-acastanhadas, perto do topo dos caules. Cresce em maciços densos, cobrindo largas áreas sobre as águas.
Possui potencial ornamental pela sua corpulência, robustez e beleza das suas inflorescências. Pode servir para marginar lagos especialmente nas suas zonas de ocorrência natural.
Rafael Carvalho / set2012

2 comentários:

  1. É uma pena que esteja desaparecendo dos nossos rios e ribeiras, sobretudo devido ao processo da sua limpeza. Com efeito, com a utilização de máquinas nesta operação, são arrancadas as própria raizes da planta, inviabilisando a sua reprodução. Por outro lado, vão rareando os artifices que o trabalham, contribuindo assim para o desaparecimento de uma técnica ancestral que a natureza sustentava.

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  2. É uma pena que esteja desaparecendo dos nossos rios e ribeiras, sobretudo devido ao processo da sua limpeza. Com efeito, com a utilização de máquinas nesta operação, são arrancadas as própria raizes da planta, inviabilisando a sua reprodução. Por outro lado, vão rareando os artifices que o trabalham, contribuindo assim para o desaparecimento de uma técnica ancestral que a natureza sustentava.

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